Participação de nascimento
Um dia
combinamos que teríamos um filho juntos quando chegássemos aos 30 anos. Ele era
o pai perfeito que eu imaginava pro meu filho e segundo ele, eu era a mãe ideal
pra educar uma criança. Além disso, tínhamos muito amor um pelo outro e nossas filosofias
de vida, nosso jeito de pensar sobre as coisas e a maneira como convivíamos
eram muito compatíveis formando assim, um ótimo cenário pra procriar.
Eu cheguei
primeiro aos 30 anos e fiquei esperando por ele por quase 3, mas quando
isso aconteceu eu estava namorando e um filho “bastardo” não seria a melhor
ideia naquele momento. Uma criança fruto de uma relação extraconjugal não
pegaria bem pro meu relacionamento, por mais que eu explicasse as razões e o
sentido dessa decisão. Meu namorado jamais entenderia.
E o tempo
passou, a vida nos mandou pra pontos distantes do país, mas nosso amor apesar
disso tudo jamais diminuiu. Continuamos unha e carne, corpo e alma, protetor e
protegido, Batman e Robin, Pink e Cérebro. A ideia de termos um filho juntos
ficou guardada por um tempo até que, no ano passado, tomamos a decisão de
enfim, termos a nossa menina. Havia chegado o momento.
Nossa filha
nasceu no dia 26 de março de 2014, numa noite morna e estrelada. Veio ao mundo
pelas mãos do pai com os olhos arregalados de curiosidade, a cabeça delirante
de pensamentos malucos e um destino pré definido pra ser feliz, pra escrever
sobre aquilo que pulsa em seu peito e viver livre sob o sol quente de um verão
sem fim, em algum lugar onde possa pisar na areia e sentir o mar agitando suas
ondas numa constante, provando que a vida imita o oceano é um eterno vai e vem
que esconde mistérios e sereias, calmarias e piratas.
Ao Douglas Teo, o pai, o amigo, o fiel escudeiro, meu anjo da guarda pornográfico, meu eterno agradecimento por ter dado vida pra minha menina.
Benvinda ao mundo, Menina de Ar!
1 comentários
Você é maravilhosa. Um encontro presente. Que os escudeiros se defendam pela inspiração mútua, mesmo que em planetas diferentes. Te amo, Lu.
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