Oh, happy day!
Há exatos
11 dias compartilho nas minhas contas do Instagram e Facebook uma foto com a
hashtag #100diasfelizescom a vida. Um monte de gente tem me perguntado o que é
isso e porquê disso. Então, pra esclarecer, um post.
Quem me conhece
de longa data sabe da minha fama de “garota enxaqueca”, aquela que carrega uma
nuvenzinha negra permanentemente sobre a cabeça, sabe? No ápice da ira há
alguns anos, cheguei a ter um blog com esse título onde despejava todos os
dejetos que me atormentavam. Era uma espécie de Reclame Aqui pessoal e pra
alguns chegava a ser engraçado. Confesso publicamente que meu gênio não é assim
tão fácil e que muita coisa me tira do sério, but the dog days are over. Or the
migrane girl days are over.
Talvez seja
culpa do aumento de velinhas em cima do meu bolo, talvez seja conformismo de
que o mundo é cheio de gente sem noção e isso não vai mudar, talvez tenham sido
as porradas na cara que a vida me deu, mas o fato é que de um tempo pra cá
deixei de lado meu alterego mau humorado e comecei a tentar fazer vista grossa
pra tudo o que me incomodava, me tornando assim, uma pessoa mais tolerante e
menos irritada. Resolvi me permitir um olhar de outro ângulo em relação à minha
própria vida e tem dado certo.
E foi então
que descobri o blog da Fê Neute, que se define como nômade digital e que largou
o bom emprego numa agência de propaganda* em SP pra rodar o mundo. Me identifico
muito com grande parte das coisas que ela escreve e num dos posts ela propõe um
desafio entitulado 100 Dias Felizes com a Vida, cuja moral é perceber e
compartilhar, através de imagens, as coisas da vida que nos fazem felizes a
cada dia. Achei interessante e resolvi aceitar, mesmo detestando essas babaquices de autoajuda** e coisas do gênero.
Recém estou
iniciando o 12º dia do projeto, mas confesso que tem sido estimulante fazer parte
dele e poder ver com meus próprios olhos e pela câmera do meu celular, que a
minha vida é feita de pequenas e simples coisas que me fazem muito feliz. Através
dessas fotos que podem não fazer sentido pra quem vê, percebo que não preciso
de muito pra ficar bem e que um chocolate no meio da tarde, uma taça de
champanhe numa segunda-feira a noite ou a vista pro horizonte que eu tenho na
minha casa, me satisfazem e me realizam.
Porque a
vida é feita disso, de pequenas coisas, momentos simples, poucos e bons amigos,
que acabam formando uma colcha de retalhos que dão o grande significado
praquilo que a gente passa o tempo inteiro procurando e que ta logo ali,
debaixo dos nossos olhos. Ao contrário do que prega a sociedade capitalista em
que vivemos, não precisamos de muito pra sermos felizes. Basta apenas que
saibamos reconhecer e valorizar o que achamos que é pouco. É isso o que no fim
das contas nos traz felicidade.
Sabia que um par de Havaianas, um carnaval de rua, uma xícara de café preto ou o simples calor do sol batendo no rosto podem te fazer bem feliz também?
*Momento
flashback Garota Enxaqueca – parte 1: jamais um emprego numa agência de
propaganda será uma coisa considerada boa. JAMAIS.
**Momento
flashback Garota Enxaqueca – parte 2: autoajuda não, né, pessoal?
1 comentários
Muito legal Lu!! ADOREI!!
ResponderExcluirTe adoro, amiga!
Beijo imenso!!