Começar de novo
Falta bem
pouquinho agora pra 2013 se despedir de nós.
Pela
primeira vez em muito tempo, não tenho aquela vontade louca que o ano se vá de
uma vez e que venha logo um outro novinho em folha pra poder recomeçar. E sabe
por que? Simplesmente porque recomecei em 2013.
Encontrei a
paixão aquela que tanto falam pelo trabalho e passei a acordar de manhã bem
cedinho com – acreditem – vontade de trabalhar. Cresci profissionalmente; pela
primeira vez em muito tempo vi um propósito nobre no que faço, ganhei uma
estagiária a quem estou tentando ensinar alguma coisa e fui reconhecida pelo
meu desempenho.
Encontrei a
paz de espírito que ja andava procurando há um bom tempo através do budismo e
do espiritismo. Fui capaz de superar meus anseios e tranquilamente passar um
final de semana inteiro num retiro ouvindo ensinamentos de um Rinpoche. E
lamentei ter tido que voltar pra vida real.
Me descolei
de mim mesma pra ser capaz de encontrar com a minha família e com uma maneira
muito mais pacífica de conviver com eles. Perdi uma das minhas avós queridas, é
verdade, mas entendi que nenhuma vida vale o sofrimento.
Encontrei
uma alma gêmea que me despertou pra tudo isso com um tapa na cara. Uma pessoa
que talvez não seja capaz de perceber a importância que tem na minha existência
e a quem fui obrigada a deixar num determinado momento pra poder me encontrar
com quem eu realmente precisava me encontrar: comigo mesma.
Havia muito
que eu vinha fugindo desse encontro, mas a vida decidiu que não seria mais
possível adiá-lo. Em 2013 consegui me enxergar por completo como se estivesse
desconectada do meu corpo e o visse deitado sobre a cama. E isso permitiu com
que eu vislumbrasse um caminho futuro com mais clareza como se meus olhos
tivessem finalmente sido desembaçados. Pela primeira vez tenho planos concretos
pro ano que se aproxima e não vou mais deixar a vida me levar.
E o melhor
de tudo é que vi esse mesmo recomeço em muitas outras pessoas que estão à minha
volta e de quem gosto muito: vi uma amiga querida encontrar amor nas flores,
outra descobrir seu grande potencial –e eu sempre soube – de decoradora, uma
delas se encontrando de verdade consigo mesma e com o amor, outra se
descobrindo feliz da vida em meio à tesouras e cabelos e uma urbanóide que
encontrou a paz no meio do mato. E ter visto tanta gente se encontrando, me
deixou mais feliz e em paz ainda. Por isso encerro 2013 com um sentimento pleno
de missão cumprida e espero por 2014 para poder colher os frutos iniciais
daquilo que planetei ao longo do trajeto.
O que posso
dizer é que 2013 ainda não terminou e por isso você tem a chance de começar de
novo agora. Não espere o ano novo, não adie mais. Ainda dá tempo de ir atrás de
um sonho antigo, de olhar no fundo dos olhos daquela pessoa e dizer com toda
certeza o quanto você a ama, de planejar um futuro melhor, de se livrar de um
passado que não serve mais. Não leve mágoas e coisas mal resolvidas pro ano que
vem. Zere a conta e amanheça em 1º de janeiro muito mais leve e de consciência
tranquila.
Pra todo
mundo que veio aqui ler a minha descoberta com as palavras, Menina de Ar deseja
um Natal em família, com muitos presentes verdadeiros e que não são comprados à
crédito em shoppings centers lotados. Desejo também um ano novo que seja novo
de verdade, no sentido mais literal que existe.
Menina de
Ar vai começar 2014 bem longe daqui, vendo a queima de fogos na baía de Sydney
e vai aproveitar esses 30 dias de férias pra se remodelar.
Aguardem.
Em 2014 vem uma nova Menina de Ar por aí.
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